segunda-feira, 17 - novembro 2025 - 13:49

13º deve injetar bilhões e aquecer comércio em MT no fim do ano


Centro de Cuiabá – Reprodução
Centro de Cuiabá – Reprodução

Injetados na economia de Mato Grosso com o pagamento do 13º salário neste fim de ano, segundo projeção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgada ao jornal A Gazeta. O valor médio a ser recebido pelos pouco mais de 1,7 milhão de trabalhadores com carteira assinada no estado é de R$ 3,4 mil, o que reforça o peso do abono na abertura da temporada oficial de compras que antecede a Black Friday e o Natal. A injeção de recursos é considerada uma das principais alavancas para o comércio e o setor de serviços no último bimestre.

No cenário nacional, o Dieese estima que o 13º salário deve movimentar R$ 369 bilhões em todo o país, com impacto direto sobre o varejo, o turismo e o pagamento de dívidas. Para o economista Emanuel Daubian, a circulação desse montante tem efeito imediato no aquecimento da economia. “O 13º salário funciona como um impulso adicional para o consumo, traz previsibilidade ao mercado e fortalece a atividade econômica justamente no momento em que as famílias mais demandam bens e serviços”, avalia o especialista.

Mesmo com o alto endividamento no estado, com mais de 1,1 milhão de pessoas endividadas, conforme o último levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá), o clima é de grande otimismo. O comércio varejista projeta uma das maiores altas de vendas dos últimos anos, especialmente nos segmentos de vestuário, eletroeletrônicos e artigos para o lar.

“Com o pagamento chegando, a expectativa para o varejo cresce muito porque alguns segmentos chegam a oferecer descontos de até 70%. Além disso, vamos promover campanhas promocionais de fim de ano para estimular ainda mais o consumidor nesse período. Estamos confiantes de que essa virada de novembro para dezembro será muito positiva para os lojistas e para quem vem aproveitar”, analisa a gerente de marketing do Pantanal Shopping, Daniela Rossi.

Para os consumidores, o momento é de equilíbrio entre quitar dívidas e aproveitar as oportunidades de compra nas lojas físicas e nos aplicativos. A assistente administrativa Juliana Castro, por exemplo, planeja dividir o benefício. “Vou usar parte do 13º para pagar parte das contas atrasadas e o restante para comprar presentes para os filhos, além de aproveitar eventuais ofertas de fim de ano”, contou.



João Freitas / Jornal A Gazeta
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