- CUIABÁ
- TERÇA-FEIRA, 13 , MAIO 2025
O presidente da Câmara de Várzea Grande, vereador Wanderley Cerqueira (MDB), afirmou que a Casa de Leis virou um “Big Brother” ao comentar sobre o projeto de resolução que pretende proibir o uso de celulares e dispositivos de gravação durante as sessões e reuniões legislativas. O texto tem gerado polêmica e repercutido negativamente nas redes sociais.
“Aqui já é filmado ao vivo. Porque eu trabalho ali com uma filmadora em cima de mim. E lá é ao vivo. A sessão é ao vivo. Porque o vereador está fazendo live de dentro do plenário”, declarou.
O projeto deve ser votado nesta terça-feira (13) e tem provocado reações tanto entre os parlamentares quanto na sociedade. Além da restrição ao uso de celulares, a proposta também prevê a proibição do porte de armas no plenário da Câmara. A tentativa de limitar a gravação das sessões é vista por críticos como uma afronta à transparência dos trabalhos legislativos.
De acordo com o texto, fica proibido o ingresso e o uso de equipamentos como celulares, filmadoras, lapelas e gravadores, tanto por parlamentares quanto por servidores e visitantes. A justificativa apresentada é de que a própria Câmara ficará responsável por providenciar os meios oficiais de registro audiovisual, garantindo a publicidade das atividades legislativas.
O projeto foi protocolado por um grupo de vereadores e contém apenas rubricas — pequenos traços ou assinaturas abreviadas usadas para autenticar documentos — o que dificulta a identificação clara dos parlamentares que assinaram a proposta.
Caso a medida seja aprovada, quem descumprir a resolução poderá ser retirado das dependências do plenário e responderá por infração ética. Apesar das críticas, o chefe do Legislativo descartou retirar a matéria de pauta.
“Quem decide são os vereadores. O projeto está em pauta. Agora, qualquer decisão, quem tem que tomar são os vereadores que assinaram o projeto. Eu não posso tomar uma decisão. Só uma vereadora pediu para tirar. Agora, eu não posso retirar”, completou.