quinta-feira, 7 - agosto 2025 - 16:24

Hugo diz que rejeitará “força bruta” na condução da Câmara


Presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB)
Presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB)

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quinta-feira (7) que não aceitará o uso da “força bruta” na condução dos trabalhos legislativos e reforçou seu compromisso com o diálogo.

“Se só é possível defender a democracia por meio da força bruta, então não temos democracia. Enquanto muitos torcem por atos arbitrários e violentos, quero reforçar que sou guiado por Deus, primeiramente, e pela paz. O diálogo será sempre a ferramenta utilizada por mim para conduzir a Câmara dos Deputados, a Casa do Povo”, declarou.

Hugo negou ter feito qualquer acordo com integrantes da oposição para desocupação do plenário e afirmou que a presidência da Câmara é “inegociável”. Ele também sinalizou que tomará providências contra os parlamentares que obstruíram os trabalhos legislativos.

“Providências serão tomadas até o final do dia de hoje”, disse, ao ser questionado sobre possíveis punições, como o afastamento temporário de deputados envolvidos na ocupação.

A Mesa Diretora da Câmara já elaborou um ato que prevê suspensão de até seis meses para os parlamentares que impediram a realização de sessões no plenário.

A ocupação teve início na terça-feira (5), quando parlamentares da oposição protestaram contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O grupo também reivindicou o avanço do projeto que prevê anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro e a proposta que extingue o foro privilegiado.

Na noite de quarta-feira (6), após mais de 24 horas de paralisação, os trabalhos foram retomados após uma série de conversas, incluindo a participação do ex-presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). Hugo Motta abriu a sessão com um discurso em defesa do diálogo, mas nenhuma votação foi realizada.

Apesar das alegações da oposição de que teria havido um acordo para pautar os projetos de interesse do grupo, o presidente da Câmara negou qualquer compromisso nesse sentido.

+