sexta-feira, 8 - agosto 2025 - 08:29

Mendes critica Alcolumbre por barrar impeachment contra Moraes; 'isso é autoritarismo'


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O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), acusou o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), de agir de forma autoritária ao afirmar que não pautará pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, mesmo que a maioria dos 81 senadores apoie a medida. A fala foi feita durante reunião com governadores, nesta quinta-feira (7), em Brasília (DF).

“Não podemos aceitar sob hipótese alguma, sob o pretexto de defender a democracia, tolerar o autoritarismo. E parece que isso está acontecendo hoje no Brasil. Quando ele disse que mesmo que 81 senadores não aceitarem o impeachment, ele não vai pautar, quer dizer, isso é autoritarismo”, afirmou Mendes, destacando que a postura preocupa e contraria o papel do Legislativo.

Na tarde desta quinta, Mendes se reuniu com os governadores Tarcísio de Freitas (SP), Cláudio Castro (RJ), Ronaldo Caiado (GO), Ratinho Junior (PR), Jorginho Mello (SC), Romeu Zema (MG), Wilson Lima (AM) e Ibaneis Rocha (DF).

Os gestores alinham estratégias para pressionar o presidente Lula a negociar o “tarifaço” com o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump. Ao término do encontro, Mendes e outros gestores conversaram com a imprensa.

O governador também foi questionado sobre a pressão de parlamentares para que se paute a anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Para o governador, cabe ao Congresso Nacional, como poder mais legítimo da democracia, deliberar sobre temas apresentados pela maioria dos parlamentares, sem se curvar a pressões externas.

“Nós iremos falar com todos os presidentes de partido para que nós possamos apoiar o Congresso Nacional e que ele não se exima do seu papel. O Congresso Nacional, ele representa a democracia desse país. Ele é o mais legítimo dos poderes, porque ele tem o dever de pautar aquilo que for colocado lá pela maioria e decidir. Se vai ter anistia ou não, é o Congresso Nacional que tem que decidir… Ele não pode receber pressão de A, de B ou de C e deixar de votar. Se for derrotado, aqueles que perderem terão que aceitar a democracia”, completou.

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