O vereador tenente-coronel Dias (Cidadania) rechaçou nesta terça-feira (12), a decisão do prefeito Abilio Brunini (PL) de representar o policial militar que registrou o boletim de ocorrência sobre a vistoria feita por ele na Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) no último sábado (9). O documento aponta que os “ânimos estavam exaltados” entre o prefeito e sua vice, coronel Vânia (Novo), quando os militares chegaram no local.

Nesta segunda, Abilio contestou o registro e disse que iria representar o agente na Corregedoria da Polícia Militar. O parlamentar, que está licenciado, mas integra a alta patente da PM, saiu em defesa do colega de farda. “Eu sou solidário ao policial militar e não vejo que a gente tenha que levar essa questão para frente. Ele apenas registrou o que viu ou ouviu. Não percebi comportamento provocativo ou equivocado por parte dele”, afirmou.

Conforme noticiou o FatoAgora, a defesa de Vânia afirma que a vice-prefeita não havia sido comunicada oficialmente de sua exoneração e se surpreendeu com a vistoria de Abilio, que tentava acessar sua sala. Vânia então foi até a Semob acompanhada da advogada, quando teria ocorrido a discussão entre os dois gestores.

O boletim de ocorrência feito pela PM mencionou “ânimos exaltados” no encontro, versão que o prefeito contesta. Ele reforça que apenas a advogada da vice-prefeita teria se alterado e que não houve discussão direta entre ele e Vânia.

Diante disso, Dias criticou o fato da PM ter sido envolvida em embate político. “Nenhum policial militar quer ser chamado para esse tipo de situação. Policial tem que prender bandido, combater o crime, não resolver embates políticos. É preciso amadurecimento para não envolver a corporação nesse tipo de problema”, disse.

Segundo o vereador, a presença de figuras públicas de alto escalão, como o prefeito e a vice, naturalmente exerce influência no ambiente, mesmo que involuntária. “Não gostei de ver um policial trabalhador sendo arrastado para esse furacão político. Faço aqui um pedido: tanto para o prefeito quanto para a vice, vamos tirar a Polícia Militar dessa discussão. É uma briga política, e não precisamos prejudicar quem estava ali apenas cumprindo seu dever”, concluiu.