O governador Mauro Mendes anunciou, nesta segunda-feira (18), o envio de um projeto de lei à Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) que propõe a redução de 30% na alíquota do chamado “Fethab da Vaca” — contribuição do Fundo Estadual de Transporte e Habitação incidente sobre o abate de fêmeas bovinas.

A proposta foi definida após reunião entre o chefe do Executivo estadual, deputados e representantes do setor pecuário. O projeto foi articulado pelo líder do governo na Assembleia, deputado Dilmar Dal Bosco, e será submetido à votação de todos os parlamentares.

Segundo Mauro Mendes, a medida tem como base um estudo técnico que apontou diferenças significativas entre o mercado de bois e vacas, especialmente no rendimento de carcaça. “Não era justo que o pecuarista pagasse o mesmo valor de Fethab para bois e vacas. Por isso, estamos propondo um desconto de 30%, desde que o abate ocorra dentro do estado”, afirmou o governador.

O deputado Dilmar Dal Bosco destacou que a medida corrige uma distorção histórica. “As fêmeas apresentam, em média, 30% menos peso de carcaça, o que afeta diretamente o valor de venda. A cobrança igual entre machos e fêmeas era injusta. Agora, isso será corrigido. É uma conquista histórica para o setor e para Mato Grosso, que possui o maior rebanho bovino do país”, destacou.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Vilmondes Tomain, celebrou o avanço da proposta, classificada como uma demanda antiga do setor. “Essa distorção existe há mais de duas décadas. Agora tivemos a sensibilidade do governador Mauro Mendes em atender o pleito e fazer justiça com o produtor rural”, afirmou.

Participaram da reunião o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi, e os deputados estaduais Valmir Moretto, Júlio Campos, Eduardo Botelho e Carlos Avallone. Também estiveram presentes o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia; o presidente da Acrimat, Oswaldo Pereira Junior; o 2º vice-presidente da Famato, Amarildo Merotti; o diretor-executivo do Fórum Agro, Xisto Bueno; e o diretor-executivo do Sindifrigo, Jovenino da Cruz.