sexta-feira, 22 - agosto 2025 - 09:50

A audácia de Emanuel, que quer disputar Governo com 3 objetivos


Ex-vereador e ex-prefeito de Cuiabá e ex-deputado estadual por quatro mandatos Emanuel Pinheiro
Ex-vereador e ex-prefeito de Cuiabá e ex-deputado estadual por quatro mandatos Emanuel Pinheiro

O ex-prefeito de Cuiabá, ex-vereador e ex-deputado estadual por quatro mandatos, Emanuel Pinheiro, recém-filiado ao PSD — partido do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro —, se movimenta nos bastidores com a disposição de disputar o Governo de Mato Grosso em 2026, caso a esquerda não encontre um nome de consenso até lá.

Conhecido por seu perfil articulador e estratégico, Emanuel trabalha com três objetivos centrais ao se colocar como possível candidato ao Executivo estadual.

O primeiro é viabilizar a reeleição do filho, o deputado federal Emanuelzinho, que também está de saída do MDB e deve migrar para o PSD. Emanuel teria sido aconselhado a não concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa para não interferir diretamente nas bases eleitorais do filho, facilitando, assim, as dobradinhas do jovem parlamentar com candidatos proporcionais em diferentes regiões do estado.

O segundo objetivo é reconquistar protagonismo político, reposicionando-se como uma das vozes da esquerda em Mato Grosso. Nesse cenário, Emanuel espera contar com o apoio de lideranças nacionais, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e de figuras locais como Carlos Fávaro, que buscará a reeleição ao Senado.

Já o terceiro objetivo envolve se firmar no debate majoritário como principal contraponto à gestão do governador Mauro Mendes (União Brasil). Emanuel pretende usar o período eleitoral para criticar a atual administração estadual e, ao mesmo tempo, relembrar ações e programas de sua gestão à frente da Prefeitura de Cuiabá (2017–2022).

A possível candidatura de Emanuel Pinheiro ao governo representa uma tentativa de reorganizar as forças da esquerda no estado, onde o campo progressista tem enfrentado dificuldades para se manter competitivo frente à hegemonia do grupo liderado por Mendes.

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