- CUIABÁ
- SEXTA-FEIRA, 12 , SETEMBRO 2025
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou neste sábado (23) que o Brasil continua negociando com os Estados Unidos a redução de tarifas sobre produtos brasileiros e que, se depender do governo federal, o chamado “tarifaço” pode acabar imediatamente.
“Se depender do Brasil, o tarifaço acaba amanhã”, declarou Alckmin, durante visita a uma concessionária de veículos em São Paulo. Ele também celebrou os impactos da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) a zero, que, segundo ele, vem impulsionando as vendas de automóveis.
Entre os avanços já obtidos nas negociações, Alckmin destacou a retirada de produtos com aço e alumínio da lista de sobretaxas dos EUA, que agora passam a ser enquadrados na Seção 232, com alíquotas equivalentes às praticadas para a maioria dos países, exceto os Estados Unidos e o Reino Unido.
“Essa mudança melhora a competitividade de diversos produtos industriais que utilizam aço e alumínio, como máquinas, retroescavadeiras, motocicletas e outros itens”, explicou o vice-presidente.
Crédito ampliado pelo BNDES
Alckmin também anunciou a ampliação do plano de contingência para empresas brasileiras impactadas pelas tarifas internacionais. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aumentou de R$ 30 bilhões para R$ 40 bilhões o volume de crédito disponível para apoiar o setor produtivo.
“Vamos atender mais empresas, inclusive aquelas que não têm grande volume de exportações. O importante é dar suporte à indústria nacional”, afirmou.
Negociações seguem com os EUA
O vice-presidente reforçou que o diálogo com o governo norte-americano segue ativo, com possibilidades de novos acordos e isenções tarifárias. “Sempre há espaço para entendimento. O trabalho é esse: diálogo e negociação”, disse. Questionado sobre contrapartidas, Alckmin não descartou que combustíveis possam entrar na pauta das conversas futuras.
Além das tarifas, ele também mencionou outras frentes de cooperação com os EUA, como o desenvolvimento de biocombustíveis, minerais estratégicos e o mercado de CBios, voltado para compensação de emissões de carbono por empresas americanas.
Viagem ao México
Alckmin informou ainda que viajará ao México na próxima terça-feira (27) para reforçar a parceria comercial entre os dois países. Segundo ele, o Brasil mantém superávit na balança comercial com os mexicanos, mas ainda há grande potencial de crescimento em áreas como energia, agroindústria, biocombustíveis e equipamentos médicos.
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