quarta-feira, 27 - agosto 2025 - 17:07

Max não descarta abertura da CPI do Feminicídio e aguarda análise da Mesa Diretora


Presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB)
Presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB)

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), afirmou nesta quarta-feira (27) que ainda não há definição sobre a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Feminicídio. O requerimento foi apresentado pela deputada Edna Sampaio (PT), que garante já ter reunido 13 assinaturas de apoio, número superior ao mínimo de oito necessário para a abertura.

Segundo Russi, a Mesa Diretora ainda analisa o pedido e somente após a conclusão do parecer será possível confirmar se os requisitos regimentais foram cumpridos. Ele ressaltou, no entanto, que a possibilidade de criação da CPI segue em discussão.

“CPI tem que ter assinaturas, no mínimo oito deputados assinando. Se não houver, não há como abrir. Mas ainda existe essa possibilidade. É um debate importante, porque o feminicídio e a violência contra a mulher estão muito graves, muito preocupantes, e nós não podemos admitir que continue dessa forma”, disse o presidente.

Edna Sampaio negou que exista qualquer acordo para transformar a CPI em outro formato de comissão, como chegou a ser sugerido nos bastidores, e reforçou a necessidade de investigação específica sobre os casos de feminicídio em Mato Grosso.

Russi, por sua vez, ponderou que, mesmo sem a abertura da CPI, a Assembleia pode adotar outros mecanismos para debater e buscar soluções. Entre as alternativas citadas estão a criação de uma Câmara Temática, de um grupo de trabalho ou de uma frente parlamentar.

“Se não tiver as assinaturas necessárias, é um assunto que não pode ficar parado. A Assembleia é a casa do debate, queremos encontrar soluções. É uma causa de todos nós: Parlamento, imprensa, sociedade organizada, setor empresarial. Todos precisam trabalhar juntos. Não podemos continuar aceitando essa violência tão forte contra as mulheres em Mato Grosso”, completou.

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