terça-feira, 2 - setembro 2025 - 09:19

Após xingar prefeita de 'cachorra viciada' em MT, vereador se arrepende e pede desculpas; 'fala infeliz'


Reprodução
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O vereador Gilson José de Souza (União Brasil) pediu desculpas publicamente à prefeita de Pedra Preta, Iraci Ferreira (PSDB), após tê-la chamado de “cachorra viciada em pedir votos” durante sessão legislativa na última segunda-feira (25). A declaração foi classificada como violência política de gênero por autoridades e entidades.

Em entrevista ao Cidade Alerta de Pedra Preta, o parlamentar reconheceu o erro e disse que fala foi “infeliz”.  “Foi uma fala infeliz. Já fiz várias notas de retratação. Nenhum momento eu quis atingir a prefeita diretamente, nem como ser humano, nem tampouco como mulher. Aproveito a oportunidade para pedir perdão para a família dela, que eu nunca tive interesse em atingir. Foi uma palavra errônea, infeliz, e eu concordo com isso”, declarou.

O parlamentar ainda seguiu dizendo que sempre foi aliado da gestora. “E eu peço aproveitar a oportunidade pedir perdão para a família dela, que eu nunca tive o meu interesse de atingir ela, porque para começar na zona rural, meu apelido é puxa-saco da prefeita da cidade. Sabe por quê? 12 anos trabalhando como eleitor eleitor dela”, disse.

Apesar das desculpas, Gilson enfrenta forte pressão política. A prefeita Iraci já anunciou que vai ingressar com ação judicial contra ele e pedir sua cassação na Câmara Municipal. Além disso, o vereador é alvo de outro pedido de cassação apresentado pela deputada federal Gisela Simona (União Brasil), presidente do União Brasil Mulher, com a primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes.

Gisela também afirmou que pedirá a expulsão do parlamentar da legenda. Já o presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi (PSB), e a deputada estadual Janaina Riva (MDB) declararam que vão denunciar Gilson ao Ministério Público Federal (MPF) por violência de gênero.

A polêmica ganhou repercussão nacional e foi repudiada pela Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), pelo União Brasil Mulher, além de diversas lideranças políticas que classificaram a fala como inaceitável no ambiente público.

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