Figura conhecida no meio político e religioso de Mato Grosso, o pastor Victório Galli voltou a movimentar os bastidores ao se filiar ao seu sexto partido. Agora, tenta retornar à Câmara dos Deputados pelo Progressistas (PP), legenda que integra federação com o União Brasil. Galli é conhecido por sua forte ligação com a Assembleia de Deus e por apostar, a cada eleição, no apoio do eleitorado evangélico — em especial, no chamado “voto de cabresto” entre irmãos da igreja.

A nova tentativa de retorno ao Congresso ocorre após um desempenho fraco nas eleições de 2022, quando concorreu pelo PTB e obteve apenas 15.570 votos. Desde que perdeu o mandato de deputado federal, Galli tem se mantido ligado à estrutura pública por meio de cargos comissionados. Primeiro, atuou como assessor na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Em fevereiro deste ano, foi nomeado assessor especial do Escritório de Representação de Rondonópolis em Brasília, sob a gestão do prefeito Cláudio Ferreira (PL), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Apesar de se apresentar como conservador, bolsonarista e defensor da direita, Galli já passou por uma ampla gama de siglas: MDB, PSC, PSL, PTB, DC e agora PP.

Sua trajetória eleitoral inclui cinco disputas para deputado federal:

• 2006 (MDB): 22.981 votos – 1º suplente

• 2010 (MDB): 54.387 votos – 1º suplente

• 2014 (PSC): 64.691 votos – eleito

• 2018 (PSL): 52.947 votos – 1º suplente

• 2022 (PTB): 15.570 votos – não eleito

Mesmo com sucessivas derrotas, Galli segue em campanha permanente para recuperar espaço no Congresso, agora amparado por uma nova sigla e com apoio da ala bolsonarista no estado.