O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), subiu o tom contra aliados na Câmara ao cobrar o andamento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da CS Mobi, instaurada para investigar o contrato firmado entre a prefeitura e a empresa responsável pelo estacionamento rotativo na capital. Em entrevista nesta segunda-feira (15), o gestor disse ter a “sensação” de que a investigação pode ser encerrada sem aprofundamento.

“Às vezes eu tenho a sensação que a CPI não quer continuar investigando. Percebi uns comentários de que a comissão iria encerrar logo. Não sei se é verdade, mas cabe a vocês perguntarem para o Ranalli, para a Maysa e para o Dilemário. Eu acho que essa CPI deveria continuar investigando, porque tem muita coisa aí para ser investigada”, declarou.

A comissão é presidida pelo vereador Rafael Ranalli (PL), aliado do prefeito, e tem como membros a vereadora Maysa Leão (Republicanos) e o líder de governo na Câmara, Dilemário Alencar (União). O colegiado já ouviu depoimentos, incluindo o do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), mas ainda não apresentou relatório final. Para Abilio, a CPI deve avançar na apuração sobre supostas falhas no contrato de 30 anos, que prevê pagamento mensal de R$ 650 mil à empresa, além de compromissos de revitalização do Centro Histórico e do Mercado Municipal Miguel Sutil.