segunda-feira, 22 - setembro 2025 - 15:57

Cesta básica sobe em Cuiabá na terceira semana


Alta foi puxada pelo preço do tomate
Alta foi puxada pelo preço do tomate

Após registrar o menor valor do ano na semana anterior, o custo da cesta básica em Cuiabá voltou a subir. Segundo levantamento do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio-MT (IPF-MT), o preço médio dos itens essenciais alcançou R$ 792,65 na terceira semana de setembro, representando um aumento de 1,01% em comparação com a semana anterior, quando o valor era de R$ 784,74.

Apesar de permanecer abaixo da faixa dos R$ 800, o valor atual é 6,40% superior ao registrado no mesmo período de 2024, quando a cesta custava, em média, R$ 744,94.

Tomate puxa alta; arroz e batata aliviam pressão

Entre os itens que compõem a cesta básica, o tomate foi o principal responsável pela elevação, apresentando uma variação semanal de 13,57%, com preço médio de R$ 6,22/kg. A alta está relacionada à desaceleração da safra de inverno, que reduziu a oferta do produto no mercado. No comparativo anual, o tomate acumula aumento de 21,87%.

Na contramão, dois itens contribuíram para conter a alta geral:

  • Arroz: queda de 6,05%, com preço médio de R$ 5,40/kg. Em relação ao mesmo período do ano passado, o produto está 23,44% mais barato, reflexo de uma safra recorde.

  • Batata: redução de 2,23%, com valor médio de R$ 3,41/kg. No comparativo anual, a queda é ainda mais significativa: 54,40% menor do que os R$ 7,48/kg registrados em 2024.

Volatilidade segue como tendência

Para o presidente da Fecomércio-MT, Wenceslau Júnior, a oscilação nos preços reflete fatores climáticos e produtivos específicos de cada item, o que explica as variações contrastantes dentro da mesma cesta.

“Enquanto a alta do tomate reflete a desaceleração das colheitas provocada pelo clima, a queda no preço do arroz decorre da safra recorde, revelando a disparidade entre os fatores que afetam a oferta”, afirmou.

Mesmo com as variações semanais, o IPF-MT projeta que o custo da cesta básica permaneça em tendência de alta no acumulado de 2025, pressionando o orçamento das famílias cuiabanas, principalmente diante da inflação dos alimentos.

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