segunda-feira, 22 - setembro 2025 - 18:23

Juiz mantém prisão de soldado e impõe tratamento psiquiátrico obrigatório


Reprodução
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O juiz Pierro de Faria Mendes, da 1ª Vara Criminal de Várzea Grande, decidiu manter a prisão temporária do soldado da Polícia Militar Raylton Duarte Mourão, acusado de assassinar a personal trainer Rozeli da Costa Sousa Nunes. O militar confessou o crime após se entregar à Polícia Civil no domingo (21) e passou por audiência de custódia nesta segunda-feira (22).

Raylton estava foragido desde o dia 15 de setembro e ficará detido no Batalhão da Rotam, em Cuiabá. A Justiça também determinou que o policial receba atendimento psiquiátrico, diante de laudos que apontam quadro de síndrome do pânico, depressão e outros transtornos.

“Verifico necessário o encaminhamento sanitário. Oficie-se à Diretoria da unidade prisional e à Secretaria Municipal de Saúde para que, em até 10 dias, proceda ao tratamento adequado”, escreveu o magistrado.

A esposa do militar, a farmacêutica Aline Valandro Koun, segue foragida. Embora Raylton tenha negado envolvimento dela no crime, a Polícia Civil não descarta possível participação ou cumplicidade.

O crime

Rozeli foi executada a tiros no dia 15 de setembro, dentro do próprio carro, logo após sair de casa no bairro Residencial Alberto Canelas, em Várzea Grande. Imagens de câmeras de segurança mostraram dois homens em uma motocicleta abordando o veículo da vítima e efetuando os disparos.

A investigação conduzida pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) identificou Raylton como o autor dos disparos após câmeras flagrarem o policial saindo de casa em uma motocicleta semelhante à usada no crime e retornando horas depois a pé.

O inquérito também apurou que Rozeli havia ingressado com uma ação judicial contra Raylton e sua esposa, proprietários da empresa Reizinho Água Potável. Ela cobrava uma indenização de R$ 24,6 mil por danos materiais e morais decorrentes de um acidente de trânsito envolvendo um caminhão-pipa da empresa. A vítima orçou em R$ 9,6 mil o conserto do veículo e pleiteava outros R$ 15 mil por danos morais. O processo, no entanto, ainda não havia sido julgado quando o assassinato ocorreu.

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