- CUIABÁ
- QUARTA-FEIRA, 1 , OUTUBRO 2025
Os partidos e líderes políticos de Mato Grosso terão que recalcular suas estratégias eleitorais após a decisão do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), de manter a atual distribuição das cadeiras da Câmara dos Deputados para as eleições de 2026. Com isso, o estado seguirá com oito vagas na bancada federal e 24 cadeiras na Assembleia Legislativa.
A expectativa de aumento no número de representantes vinha mobilizando diversas lideranças, especialmente após projeções indicarem a possibilidade de Mato Grosso ampliar sua representação para 9 ou até 10 deputados federais e de 24 para 27 estaduais, com base em critérios populacionais. No entanto, com a decisão de Fux, qualquer alteração nesse quadro só poderá valer a partir do pleito de 2030.
A medida frustra os planos de partidos como União Brasil, PP, PL, Podemos e Republicanos, que projetavam maior desempenho nas urnas com o possível acréscimo de vagas. Com o cenário mantido, as legendas terão que revisar suas projeções e chapas, reduzindo o otimismo quanto ao número de eleitos.
Quociente eleitoral exigirá desempenho mais expressivo dos candidatos
Com a manutenção das 24 cadeiras estaduais, o quociente eleitoral em Mato Grosso deve girar em torno de 70 mil votos para a eleição de um deputado estadual. Isso significa que, para garantir uma vaga ou contribuir efetivamente para a chapa, cada candidato precisará alcançar pelo menos 25 mil votos.
No caso da Câmara Federal, o quociente estimado é de aproximadamente 180 mil votos por vaga, exigindo dos candidatos ao menos 45 mil votos — o equivalente a 20% do total — para figurar entre os oito eleitos para representar o estado em Brasília.
A decisão do STF altera o ritmo das articulações partidárias e impõe novos desafios às legendas que já planejavam chapas mais robustas, apostando em um cenário de maior representatividade a partir de 2026.