- CUIABÁ
- QUARTA-FEIRA, 1 , OUTUBRO 2025
Os constantes atrasos nas obras do sistema Bus Rapid Transit (BRT) em Cuiabá têm gerado crescente insatisfação entre a população, que convive diariamente com transtornos no trânsito, principalmente ao longo da Avenida Historiador Rubens de Mendonça (CPA). Diante do cenário, parlamentares começam a se manifestar publicamente sobre possíveis soluções para acelerar os trabalhos.
O deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil) afirmou que, apesar dos entraves, a conclusão das obras é garantida, uma vez que há orçamento definido e recursos disponíveis.
“As obras serão concluídas. Com certeza. Há orçamento, o recurso está garantido, o dinheiro está na conta. Então, elas vão ser finalizadas”, afirmou o parlamentar.
Segundo Botelho, os atrasos estão relacionados a falhas na execução e na forma como os contratos foram firmados.
“Essas obras estão sendo executadas em áreas de trânsito intenso, sem planejamento adequado. Na prática, não há um projeto completo. É o tipo de contrato em que a empresa vai projetando à medida que executa, conforme o orçamento disponível. Uma das empresas errou no orçamento e, ao perceber que teria prejuízo, abandonou o serviço, o que agravou ainda mais o problema”, explicou.
Para minimizar os impactos, Botelho defende a concentração dos trabalhos em trechos críticos, especialmente na região do Centro Político Administrativo, que concentra alto fluxo de veículos diariamente.
“É preciso concentrar esforços em trechos específicos. Se trabalhar um pouco aqui e um pouco ali, tudo para. Essa falta de continuidade gera ainda mais caos. Outra alternativa viável seria flexibilizar o horário das obras, o que poderia melhorar o dia a dia da população”, sugeriu.
O parlamentar também propôs uma articulação entre diferentes esferas do poder público para encontrar soluções emergenciais que reduzam os transtornos causados pelas obras, sobretudo com a aproximação do fim do ano, quando o tráfego costuma aumentar.
“Precisamos de uma ação conjunta entre o Tribunal de Contas do Estado (TCE), a Assembleia Legislativa, o Governo do Estado, além das Prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande. Todos devem se unir para resolver essa situação emergencial, especialmente agora, no fim do ano, quando o fluxo de pessoas e veículos aumenta ainda mais”, concluiu Botelho.