- CUIABÁ
- QUINTA-FEIRA, 27 , NOVEMBRO 2025


O deputado estadual Diego Guimarães (Republicanos) cobrou das empresas responsáveis pela Usina Hidrelétrica de Colíder — Companhia Paranaense de Energia (Copel) e Eletrobras — um plano de ressarcimento aos municípios afetados pelo rebaixamento do reservatório artificial da barragem.
Em agosto deste ano, foi identificada uma falha funcional em quatro dos 70 drenos da estrutura. A Copel e a Eletrobras decidiram, então, rebaixar o nível do lago como medida preventiva para evitar sobrecarga na barragem e eventuais danos à população e à estrutura da usina.
A medida de segurança, no entanto, causou o esvaziamento de áreas alagadas pelo Rio Teles Pires, gerando impactos ambientais e econômicos significativos. Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), os prejuízos aos municípios da região são estimados em cerca de R$ 100 milhões.
Diante do cenário, Guimarães afirmou que solicitou aos prefeitos das cidades atingidas — como Colíder, Cláudia, Itaúba e Nova Canaã — a elaboração de um plano de ressarcimento social, ambiental e econômico. O documento deve servir de base para ações de cobrança junto às empresas, seja na Câmara Setorial Temática ou por meio da possível abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
“Solicitamos que as prefeituras apresentem um plano estruturado para que possamos cobrar que Copel e Eletrobras assumam suas responsabilidades e ressarçam a população pelos danos causados. A situação gerou medo, prejuízos e perdas significativas para os municípios”, afirmou o deputado.
Pedido de informações
O parlamentar também protocolou um requerimento de informações às empresas responsáveis, solicitando esclarecimentos sobre as causas das falhas nos drenos e as medidas adotadas para mitigar os danos provocados. No entanto, segundo ele, as respostas recebidas foram insatisfatórias.
“Recebemos na semana passada parte das respostas, mas entendo que não são compatíveis com a gravidade do problema e com o que a população espera em termos de compensação e soluções concretas”, criticou Guimarães.
Apesar do temor inicial da população quanto a um possível rompimento da barragem, o deputado tranquilizou os moradores, afirmando que não há mais risco iminente.
“O risco de rompimento foi descartado, mas a barragem precisa ser mantida com medidas rigorosas de segurança. Além disso, é necessário garantir a reparação à população, que sofreu prejuízos no turismo, lazer e na economia local. Vamos seguir firmes na cobrança dos responsáveis por esse dano ambiental”, concluiu.