- CUIABÁ
- QUINTA-FEIRA, 27 , NOVEMBRO 2025


O Hamas anunciou nesta sexta-feira (3) que concorda em libertar todos os reféns israelenses, vivos ou mortos, como parte do plano de paz para Gaza apresentado pelos Estados Unidos. Em comunicado oficial, o grupo palestino afirmou estar pronto para iniciar imediatamente negociações mediadas para discutir os detalhes do acordo.
O grupo também reiterou sua disposição de transferir a administração da Faixa de Gaza para um organismo palestino independente, com base em consenso nacional e com o apoio de países árabes e islâmicos. No entanto, segundo um integrante do Hamas, o grupo não aceitará o desarmamento antes do fim da ocupação israelense.
Entenda o plano dos EUA para Gaza
O governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Donald Trump, divulgou na última segunda-feira (29) os principais pontos de sua proposta para encerrar a guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza.
A iniciativa prevê a criação de um governo internacional temporário, batizado de “Conselho da Paz”, que seria presidido por Trump. O colegiado também contaria com outros chefes de Estado, ainda a serem anunciados, incluindo o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair.
De acordo com o plano, o controle de Gaza seria posteriormente transferido à Autoridade Palestina. Em contrapartida à libertação de reféns por parte do Hamas, Israel se comprometeria a libertar presos palestinos e devolver os restos mortais de cidadãos de Gaza.
Entre os principais pontos da proposta estão:
Cessar-fogo permanente entre Israel e Hamas;
Libertação de todos os reféns em poder do grupo palestino, vivos ou mortos;
Anistia a membros do Hamas que se renderem;
Retirada gradual das tropas israelenses da Faixa de Gaza;
Desmilitarização completa do território;
Garantia de que Gaza não será anexada por Israel;
Exclusão do Hamas do futuro governo palestino.
Segundo Washington, o plano busca criar as bases para uma paz duradoura, reconstrução de Gaza e estabilidade regional, evitando a retomada de combates.