sexta-feira, 3 - outubro 2025 - 16:32

Hamas concorda em libertar reféns como parte do acordo dos EUA


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O Hamas anunciou nesta sexta-feira (3) que concorda em libertar todos os reféns israelenses, vivos ou mortos, como parte do plano de paz para Gaza apresentado pelos Estados Unidos. Em comunicado oficial, o grupo palestino afirmou estar pronto para iniciar imediatamente negociações mediadas para discutir os detalhes do acordo.

O grupo também reiterou sua disposição de transferir a administração da Faixa de Gaza para um organismo palestino independente, com base em consenso nacional e com o apoio de países árabes e islâmicos. No entanto, segundo um integrante do Hamas, o grupo não aceitará o desarmamento antes do fim da ocupação israelense.

Entenda o plano dos EUA para Gaza

O governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Donald Trump, divulgou na última segunda-feira (29) os principais pontos de sua proposta para encerrar a guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza.

A iniciativa prevê a criação de um governo internacional temporário, batizado de “Conselho da Paz”, que seria presidido por Trump. O colegiado também contaria com outros chefes de Estado, ainda a serem anunciados, incluindo o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair.

De acordo com o plano, o controle de Gaza seria posteriormente transferido à Autoridade Palestina. Em contrapartida à libertação de reféns por parte do Hamas, Israel se comprometeria a libertar presos palestinos e devolver os restos mortais de cidadãos de Gaza.

Entre os principais pontos da proposta estão:

  • Cessar-fogo permanente entre Israel e Hamas;

  • Libertação de todos os reféns em poder do grupo palestino, vivos ou mortos;

  • Anistia a membros do Hamas que se renderem;

  • Retirada gradual das tropas israelenses da Faixa de Gaza;

  • Desmilitarização completa do território;

  • Garantia de que Gaza não será anexada por Israel;

  • Exclusão do Hamas do futuro governo palestino.

Segundo Washington, o plano busca criar as bases para uma paz duradoura, reconstrução de Gaza e estabilidade regional, evitando a retomada de combates.

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