O deputado federal Jonildo de Assis, o Coronel Assis, atualmente filiado ao União Brasil, está no centro de uma disputa política entre seu partido atual e o PL, que dá como certa sua filiação nos próximos meses.

De um lado, o União Brasil, presidido no estado pelo governador Mauro Mendes, trabalha para manter o parlamentar em seus quadros. A sigla acredita na viabilidade de eleger duas a três cadeiras à Câmara Federal em 2026, cenário que manteria a reeleição de Assis no radar.

Do outro lado, a cúpula do PL pressiona para que o deputado cumpra o compromisso assumido anteriormente de migrar para a legenda. O partido planeja fortalecer sua base bolsonarista e vê em Assis um nome-chave para captar parte do eleitorado do colega José Medeiros, que deve disputar o Senado em 2026.

Para evitar o desgaste com ambos os lados, Assis tem adotado uma postura cautelosa. Embora se apresente publicamente como alinhado ao bolsonarismo, o parlamentar tem dito que só anunciará sua decisão durante a janela partidária de março do próximo ano.

Atuação controversa

A atuação parlamentar de Coronel Assis tem dividido opiniões. Enquanto aliados o consideram corajoso, combativo e fiel às pautas conservadoras, críticos apontam incoerência e desgaste político, citando como exemplo seu voto favorável à PEC da Blindagem — proposta que condicionava a abertura de processos criminais e prisões contra parlamentares à autorização do Congresso Nacional.

A proposta, embora aprovada na Câmara, foi rejeitada no Senado, e o posicionamento de Assis rendeu críticas de parte do eleitorado que esperava maior comprometimento com o combate à impunidade.