- CUIABÁ
- QUINTA-FEIRA, 27 , NOVEMBRO 2025


Apesar de seu estilo cauteloso e da conhecida máxima de que “só entra na disputa quando o cavalo passa arreado” — como ocorreu em suas vitórias para prefeito de Várzea Grande, governador e senador —, o senador Jayme Campos (União Brasil) vem sendo pressionado por correligionários, políticos e empresários a entrar na corrida pelo Palácio Paiaguás em 2026.
O grupo de apoiadores defende que Jayme rompa com o União Brasil, partido comandado pelo governador Mauro Mendes e pelo vice-governador Otaviano Pivetta, e se una à oposição, que tem no MDB de Janaina Riva uma de suas principais forças. Janaina, inclusive, é pré-candidata ao Senado.
Segundo aliados, a candidatura de Jayme seria considerada viável, diante da falta de nomes consolidados nas pesquisas para o Executivo estadual até o momento — tanto Pivetta quanto o senador Wellington Fagundes (PL), que também é cogitado, ainda não demonstraram força suficiente na corrida.
Aos 74 anos, Jayme Campos tem adotado um tom mais crítico em relação ao atual governo. Nas últimas semanas, aumentou o volume das críticas tanto a Mauro Mendes quanto a Pivetta — sinal que, segundo bastidores, reflete mais um descontentamento por estar sendo isolado politicamente dentro do grupo que ajudou a eleger, do que propriamente uma confirmação de que pretende disputar o governo a qualquer custo.
O senador ainda não bateu o martelo sobre seu futuro político, mas, segundo fontes próximas, avalia cenários e mantém diálogo com setores da oposição. O cenário segue em aberto e a definição dependerá, como de costume, de oportunidade, conjuntura e conveniência — ou, como diz o próprio Jayme, da passagem do “cavalo arreado”.