- CUIABÁ
- QUINTA-FEIRA, 27 , NOVEMBRO 2025


O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Gerardo Werthein, apresentou seu pedido de demissão nesta quarta-feira (22), conforme comunicado oficial do gabinete presidencial. A saída marca a segunda troca na pasta durante quase dois anos da gestão do presidente Javier Milei.
Ainda não foram esclarecidos os motivos da renúncia nem o nome do sucessor do principal diplomata argentino, que anteriormente atuou como embaixador nos Estados Unidos. A decisão ocorre poucos dias antes da eleição legislativa prevista para domingo, na qual o partido libertário de Milei busca ampliar sua presença no Congresso para consolidar sua agenda de cortes drásticos de gastos e medidas de austeridade com o objetivo de recuperar a economia do país.
Segundo o jornal local La Nación, a saída de Werthein já era esperada após a votação, mas o ministro antecipou sua renúncia na noite de terça-feira. Werthein estava no cargo há cerca de um ano, tendo substituído a primeira ministra das Relações Exteriores do governo Milei, Diana Mondino, demitida após votar a favor do fim do embargo dos EUA a Cuba nas Nações Unidas.
A renúncia acontece em um momento delicado para Milei, cuja popularidade sofreu abalos devido à insatisfação popular com os impactos dos cortes, especialmente entre idosos e pessoas com deficiência, além de recentes escândalos de corrupção no governo.
Nesta semana, Milei anunciou que haverá mudanças no gabinete após as eleições de meio de mandato, que enfrentam maior escrutínio, especialmente após os Estados Unidos sinalizarem que seu apoio financeiro à Argentina poderá depender dos resultados eleitorais.
O Tesouro dos EUA firmou uma linha de swap de moeda no valor de US$ 20 bilhões com a Argentina e trabalha em uma linha adicional de US$ 20 bilhões envolvendo bancos e fundos de investimento, destacando a importância da estabilidade política e econômica do país para o sucesso dos acordos.