- CUIABÁ
- QUINTA-FEIRA, 27 , NOVEMBRO 2025


O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) avalia que a proximidade da possível assunção do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) ao governo, em abril do próximo ano — caso o governador Mauro Mendes (União) renuncie para concorrer ao Senado — é um dos principais fatores que têm atraído o apoio de lideranças do PL, especialmente prefeitos que dependem do Executivo para firmar convênios e garantir recursos para a administração de suas cidades.
“Sim, esse peso sempre será impactante. O maior peso político é quem tem a caneta na mão. Isso é um fato. A máquina pública sempre influenciou a manutenção do poder”, reconhece Cattani, ao se referir a correligionários que vêm sinalizando publicamente simpatia pelo projeto de Pivetta.
Entre esses prefeitos estão Abilio Brunini (Cuiabá), Flávia Moretti (Várzea Grande) e Cláudio Ferreira (Rondonópolis), que têm estreitado relações com Pivetta em detrimento do correligionário Wellington Fagundes, pré-candidato ao Palácio Paiaguás. Publicamente, eles enaltecem parcerias com o vice-governador, mas afirmam que aguardam uma definição partidária.
Nos últimos dias, fontes revelaram que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria opinado, em conversa com Valdemar Costa Neto, que a manutenção da aliança de 2022 — com apoio aos projetos de Mauro Mendes e de Pivetta — seria o melhor caminho para o PL em 2026.
Oficialmente, entretanto, o presidente estadual do PL, Ananias Filho, afirma que o projeto de Wellington Fagundes segue mantido. O senador destaca sua fidelidade ao partido e diz que continua articulando sua pré-candidatura ao Palácio Paiaguás.
Questionado sobre o impasse, Cattani garante que sua lealdade é apenas a Bolsonaro, mas afirma não ter recebido qualquer orientação sobre o cenário em Mato Grosso. “A obediência depende de vir dele essa determinação. Até lá, não tenho problema nenhum em apoiar nem Wellington Fagundes, nem Otaviano Pivetta”, conclui.