- CUIABÁ
- QUINTA-FEIRA, 27 , NOVEMBRO 2025


A Polícia Civil de Mato Grosso apura se houve negligência médica na morte da arquiteta e urbanista Larissa Pompermayer Ramos, de 29 anos, que sofreu uma parada cardíaca na noite de terça-feira (18), em Cuiabá. Ela havia enfrentado complicações após uma cesariana realizada no dia 2 de novembro, quando deu à luz uma menina que já recebeu alta e está com familiares.
Segundo informações divulgadas pelo g1, parentes relataram que Larissa fez o parto no Hospital Municipal de Campo Novo do Parecis. Ao chegar à unidade de saúde, teria sido informada de que não havia dilatação suficiente para um parto normal. A família afirma que o médico indicou a necessidade de cesárea alegando que a paciente possuía “quadril estreito”.
Os familiares disseram ao portal que Larissa havia protocolado um plano de parto uma semana antes do nascimento da filha, no qual manifestava o desejo de ter um parto humanizado, seguindo orientações da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde.
Após o procedimento, Larissa apresentou febre e dores abdominais. A família conta que o diagnóstico de infecção só ocorreu no sétimo dia de internação, quando ela começou a receber medicação. Os parentes acusam o hospital de negligência no atendimento.
Com o agravamento do quadro, a arquiteta foi transferida para um hospital em Tangará da Serra, onde iniciou hemodiálise e precisou ser intubada. Em estado crítico, foi encaminhada na quinta-feira (13) ao Hospital Santa Helena, em Cuiabá, onde sofreu uma parada cardíaca e morreu.
Os familiares afirmaram ainda que o médico responsável pela cesariana é clínico geral e não possui registro de especialidade em ginecologia e obstetrícia no Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT).