A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, que mantém forte popularidade entre o eleitorado de Mato Grosso, gera desgaste político para dois pré-candidatos majoritários do PL: Wellington Fagundes, na disputa ao Governo do Estado, e Zé Medeiros, pré-candidato ao Senado.

Ambos já enfrentavam obstáculos na fase pré-eleitoral e, agora, com Bolsonaro preso, deixam de contar com um dos principais trunfos de suas campanhas: a presença física do ex-presidente em agendas públicas e até mesmo a possibilidade de vídeos pedindo votos em Mato Grosso.

Wellington Fagundes, que tem sustentado sua pré-campanha no apoio simbólico de Bolsonaro e aparece bem colocado nas pesquisas, ainda tenta consolidar o respaldo do núcleo conservador e de parte das lideranças do próprio PL, algumas das quais demonstram preferência pelo nome de Otaviano Pivetta (Republicanos).

Já o senador Zé Medeiros, também bolsonarista, enfrenta dificuldades para avançar nas pesquisas e aparece atrás de Mauro Mendes e Janaina Riva nas intenções de voto para o Senado.

A ausência de Bolsonaro no processo eleitoral deve alterar estratégias e ampliar os desafios internos do PL na disputa pelos principais cargos em Mato Grosso.