terça-feira, 9 - dezembro 2025 - 17:09

Secretária admite limitações para sanar gargalos do trânsito de Cuiabá; 'não dá para resolver tudo'


Reprodução
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A secretária Municipal de Mobilidade Urbana e Segurança Pública (Semosp), Francyanne Siqueira Chaves Lacerda, admitiu nesta terça-feira (9), que a pasta não consegue atender a todas as demandas do trânsito de Cuiabá. Segundo ela, a secretaria enfrenta limitações estruturais e de pessoal, o que impede respostas mais rápidas e amplas aos problemas diários enfrentados pelos motoristas.

“As pessoas querem reclamar como se todo o problema do trânsito a gente pudesse resolver, mas nós somos limitados também”, afirmou a secretária em entrevista ao Jornal da Capital 101.9 FM, ao ser questionada sobre congestionamentos, falhas de sinalização e rotas mal definidas durante as obras do BRT e da Águas Cuiabá.

Francyanne explicou que a Semob trabalha hoje com uma equipe considerada insuficiente para o volume de tarefas que precisam ser executadas. Quando assumiu a secretaria, há dois meses, havia apenas 62 agentes dedicados ao trânsito. Esse número subiu para pouco mais de 100, mas ainda é incapaz de dar conta simultaneamente das intervenções viárias, fiscalização do transporte coletivo, atendimento nas principais avenidas, além da presença obrigatória em eventos públicos e privados, como corridas, caminhadas e procissões, que continuam ocorrendo normalmente.

“É uma quantidade insuficiente para termos agentes em todos os locais que são necessários”, reconheceu. Para tentar suprir parte das lacunas, a Semob firmou uma parceria emergencial com a Polícia Militar, paga pela Sinfra, que hoje atua em pelo menos 10 pontos críticos de interdição na capital.

A secretária também destacou que muitos problemas reclamados pela população não dependem exclusivamente da Semob, como a largura das rotas alternativas e a falta de vias planejadas. Segundo ela, as escolhas de desvio são feitas em conjunto com a Sinfra, mas se restringem ao que existe disponível na malha urbana atual.

Com obras simultâneas, trânsito histórico já congestionado e uma equipe limitada para atender todas as frentes, Francyanne disse entender a insatisfação da população, mas pediu compreensão. “Não temos como criar vias ideais nem estar em todos os pontos ao mesmo tempo. Fazemos o possível dentro do que temos”, finalizou.

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