- CUIABÁ
- TERÇA-FEIRA, 29 , ABRIL 2025
O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou nesta segunda-feira (10) que as medidas do governo federal para reduzir os preços dos alimentos não terão efeito imediato, sendo necessário “aguardar”. Em entrevista à rádio, Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, fez um apelo para que os estados considerem zerar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os produtos da cesta básica, sugerindo que não é necessário zerar o ICMS de todos os itens, mas de alguns específicos, como o ovo, durante um período.
Alckmin destacou que o estado do Piauí já anunciou a isenção do ICMS sobre alguns produtos da cesta básica e que outros estados, como Ceará e Bahia, estão avaliando a adesão à proposta federal. Ele afirmou que a medida será transitória, com o impacto visado a partir de abril. “O que puder fazer, ajuda”, disse o ministro, reforçando que a redução total do ICMS não é viável, mas ajustes em produtos específicos podem ajudar a aliviar os custos.
O governo federal anunciou, na última quinta-feira (6), um pacote de medidas para combater a alta dos preços dos alimentos, incluindo a isenção de impostos de importação para diversos produtos, como carne (10,8%), café (9%), açúcar (14%), milho (7,2%), óleo de girassol (9%), azeite de oliva (9%), sardinha (32%), biscoitos (16,2%) e massas alimentícias (14,4%). Além disso, o governo anunciou um reforço no Plano Safra para aumentar a produção de alimentos essenciais e fortalecer os estoques reguladores por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Alckmin pediu paciência, destacando que os efeitos dessas ações levarão algum tempo para se refletir na redução dos preços dos alimentos para a população.