- CUIABÁ
- SEXTA-FEIRA, 25 , ABRIL 2025
Neste ano, a chikungunya já superou a dengue e a covid-19 em número de mortes em Mato Grosso. Até agora, a doença causou 32 óbitos no estado, enquanto a dengue registrou 8 e a covid-19, 14. Em apenas uma semana, o número de mortes pela chikungunya aumentou 39%, com nove novos óbitos confirmados. Além disso, outras 15 mortes estão sob investigação.
De acordo com o Jornal A Gazeta, com um total de 24.148 notificações, Mato Grosso vive uma epidemia de chikungunya. Médicos alertam que, embora muitas vezes subestimada em comparação com a dengue e a covid-19, a chikungunya pode ser tão ou mais perigosa, além de provocar complicações a longo prazo, principalmente em pessoas com comorbidades, como idosos, diabéticos e hipertensos.
Estudos indicam que 50% dos pacientes infectados evoluem para a forma subaguda da doença, e uma parte deles desenvolve a forma crônica, com sintomas articulares que persistem. A conscientização da população e a atuação dos profissionais de saúde são essenciais para evitar o agravamento da epidemia.
O médico infectologista Luciano Corrêa Ribeiro explica que, com o aumento nos casos de chikungunya, as complicações graves também cresceram, incluindo encefalite (comprometimento do sistema nervoso central) e miocardite (comprometimento do coração), que podem levar à morte. Ele reforça que a doença já era conhecida por sua gravidade, mas o aumento no número de infectados tem ampliado as complicações e as mortes, especialmente em pacientes com comorbidades, como os cardiopatas.