segunda-feira, 24 - março 2025 - 13:47

Alckmin defende exclusão de alimentos e energia da inflação


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O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, defendeu nesta segunda-feira, 24, a retirada dos preços de alimentos e energia do cálculo da inflação, sugerindo que essa medida fosse estudada pelo Banco Central. Durante evento promovido pelo jornal Valor Econômico, Alckmin afirmou que o aumento da taxa de juros não é eficaz para combater fatores externos, como as condições climáticas que influenciam os preços de alimentos. “Não adianta aumentar os juros, porque isso não vai fazer chover. Apenas prejudica a economia e, no caso do Brasil, aumenta ainda mais a dívida pública”, explicou.

Ele considerou que a elevação da taxa de juros deveria ser direcionada a áreas onde tenha maior efetividade na redução da inflação. Alckmin mencionou as políticas adotadas pelo Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, que utiliza um índice de preços ao consumidor (PCE) excluindo alimentos e energia para calcular a inflação, como um exemplo a ser seguido. “Não adianta aumentar os juros se não baixar o preço do barril de petróleo”, observou o vice-presidente, destacando que a volatilidade dos preços de alimentos é fortemente influenciada por fatores climáticos.

Alckmin também reconheceu que a atual taxa básica de juros, Selic, de 14,25%, tem efeitos negativos sobre a economia, embora tenha reafirmado a importância de reduzir a inflação. Ele prevê uma queda nos preços dos alimentos ao longo deste ano, impulsionada por uma melhora nas condições climáticas e aumento da safra agrícola, o que deve contribuir positivamente para o crescimento do PIB.

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