quarta-feira, 2 - abril 2025 - 16:29

Casa Branca nega saída de Elon Musk do governo


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A Casa Branca desmentiu, nesta quarta-feira (2), informações de que Elon Musk estaria prestes a deixar o governo dos Estados Unidos. Segundo a assessoria presidencial, o bilionário permanecerá no cargo para concluir sua missão de reduzir os gastos do governo e reestruturar a força de trabalho federal, contrariando relatos de que ele retornaria ao setor privado em breve. A informação foi publicada pelos veículos Politico e ABC, que citaram fontes afirmando que o presidente Donald Trump teria comentado com membros de seu gabinete sobre a saída iminente de Musk. No entanto, não ficou claro se Musk deixaria o cargo antes de completar seu mandato de 130 dias, previsto para terminar no final de maio.

Elon Musk foi nomeado por Trump para liderar o Departamento de Eficiência Governamental (Doge), com a missão de cortar custos e reformar a burocracia federal. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, declarou que tanto Trump quanto Musk já haviam confirmado publicamente que o bilionário deixará o serviço público ao término de seu trabalho no Doge.

Apesar das especulações, Musk e o Doge não responderam aos pedidos de comentário sobre as reportagens. A situação ocorre após um revés para Musk e Trump, com a vitória de uma juíza liberal na Suprema Corte de Wisconsin, que derrotou um juiz conservador apoiado por Musk e seus aliados. Essa derrota foi vista como um indicativo de que a presidência de Trump e a reforma do serviço público defendida por Musk estão sendo contestadas.

As ações de algumas empresas contratadas pelo governo, como a Tesla, reagiram positivamente ao rumor de que Musk retornaria ao setor privado, com as ações da montadora subindo cerca de 5% após uma queda inicial de 6%.

Musk, em entrevista à Fox News na semana passada, afirmou estar confiante de que concluiria grande parte de seu objetivo de reduzir em US$ 1 trilhão os gastos federais até o fim de seu mandato. No entanto, até o momento, o Doge relatou economias de apenas US$ 140 bilhões, bem abaixo da meta inicial de Musk.

O mandato do Doge está previsto para seguir até 4 de julho de 2026, mas a permanência das principais figuras do departamento, muitas delas ligadas diretamente a Musk, permanece incerta após sua possível saída. A reforma, marcada por demissões em massa e reduções no quadro de funcionários, gerou crescente controvérsia em todo o país, com cerca de 200.000 servidores públicos sendo demitidos, marcados para demissão ou aceitando pacotes de desligamento voluntário.

O impacto dessa política gerou descontentamento entre eleitores, com parlamentares republicanos enfrentando críticas e protestos contra a agenda de Trump e o Doge programados para o próximo sábado (5). A situação também provocou episódios de vandalismo em concessionárias da Tesla nos Estados Unidos e no exterior.

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