Dois veículos de luxo — uma Toyota SW4 branca e uma Mercedes-Benz cinza — foram apreendidos na manhã desta quinta-feira (18) durante nova fase da Operação Office Crime, denominada “Os Encontros”. A ação foi deflagrada pela Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), como parte das investigações sobre o assassinato do advogado Renato Nery, ocorrido em julho de 2024, em Cuiabá.

A operação teve como alvo policiais militares suspeitos de envolvimento no crime, que foram presos na última quarta-feira (17). Segundo as investigações, os veículos apreendidos estavam em posse de um dos suspeitos e teriam sido utilizados em encontros realizados em Primavera do Leste, tanto para planejar quanto para cobrar pela execução do homicídio.

De acordo com o delegado titular da DHPP, Caio Albuquerque, os suspeitos se deslocaram de Cuiabá até Primavera do Leste antes do crime para discutir os detalhes do assassinato e retornaram ao município após a morte do advogado para tratar do pagamento. Os dois carros foram utilizados nesses deslocamentos e reuniões, o que motivou o pedido de busca e apreensão. A solicitação foi autorizada pela Justiça e cumprida nesta quinta-feira.

Durante a ação policial, também foram apreendidos o passaporte e o visto de um dos investigados. A DHPP representou pela manutenção da apreensão, já que os documentos foram emitidos no período em que o crime estava sendo planejado, o que levantou suspeitas sobre possível tentativa de fuga. Os envolvidos na operação receberam tornozeleiras eletrônicas e aguardam acesso aos autos para eventual manifestação judicial.

O crime

Renato Nery, de 72 anos, foi morto a tiros no dia 5 de julho de 2024, em frente ao seu escritório, na capital mato-grossense. Ele chegou a ser socorrido e passou por cirurgia em um hospital particular de Cuiabá, mas não resistiu aos ferimentos.

Desde então, a DHPP vem conduzindo uma série de diligências, com apoio de levantamentos técnicos e perícias, para esclarecer os fatos. As investigações indicam que a motivação para o homicídio está relacionada a uma disputa por terras.

A Operação Office Crime continua em andamento e novas fases não estão descartadas pelas autoridades.