- CUIABÁ
- SEGUNDA-FEIRA, 12 , MAIO 2025
O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), justificou a decisão de eliminar os chamados “feriadões” do calendário escolar da rede municipal de ensino, medida recentemente anunciada pela Secretaria Municipal de Educação. A mudança, que gerou críticas de servidores, foi defendida pelo gestor como uma questão de equidade entre os setores público e privado.
“Descanso é merecido para todos, seja no setor público ou privado. No entanto, quando esse benefício não é concedido no setor privado, não há razão para mantê-lo no serviço público”, afirmou Abílio durante entrevista nesta quarta-feira (7).
A alteração no calendário escolar foi oficializada pelo secretário municipal de Educação, Amauri Monge, que informou que as escolas da capital não terão mais emendas de feriados no segundo semestre, exceto para os feriados nacionais. Com isso, foram canceladas as duas emendas previstas: uma no Dia do Servidor Público, em 28 de outubro, e outra no Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro.
A decisão visa evitar transtornos à rotina das famílias cuiabanas. “Não é razoável que a criança fique em casa enquanto os pais precisam trabalhar. Escola é lugar de formação, de educação, não um abrigo”, justificou o prefeito.
Abílio também ressaltou que o calendário escolar deve cumprir o mínimo de 200 dias letivos exigidos por lei, sem um limite máximo determinado pela legislação. Segundo ele, a medida será mantida até o fim de sua gestão.
O prefeito minimizou as queixas de servidores públicos, afirmando que a remuneração mensal não depende do número de emendas no calendário. “O servidor tem direito ao salário no fim do mês. A emenda foi uma prática adotada em outras gestões, mas não será mantida durante os quatro anos do nosso governo”, concluiu.