sexta-feira, 9 - maio 2025 - 13:06

Chefe de gabinete de vereadora Baixinha é alvo da Operação Poço Sem Fundo


Reprodução
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Rafael Francisco Pinto, chefe de gabinete da vereadora Baixinha Giraldelli (Solidariedade), está entre os alvos da Operação Poço Sem Fundo, deflagrada na quinta-feira (8) pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) da Polícia Civil de Mato Grosso. A ação investiga um esquema de corrupção estimado em R$ 22 milhões relacionado à perfuração de poços artesianos em diversos municípios do estado, por meio da Companhia Mato-Grossense de Mineração (Metamat).

Ex-servidor da Metamat, Rafael foi submetido a medidas cautelares diversas da prisão. Entre elas estão: auditoria pela Controladoria Geral do Estado (CGE-MT), suspensão de pagamentos a empresas supostamente beneficiadas de forma irregular, proibição de contratar com o poder público e impedimento de nomeação ou contratação em cargos públicos estaduais.

De acordo com dados do Portal da Transparência da Câmara Municipal de Cuiabá, Rafael Pinto recebe salário de R$ 12 mil, além de verba indenizatória.

A vereadora Baixinha Giraldelli afirmou que a operação da Deccor investiga atos praticados por seu chefe de gabinete durante o período em que ele atuava na Metamat, e não tem relação com suas funções atuais no Legislativo. “Acredito em sua total inocência, que será comprovada ao final do processo”, declarou.

Em nota, a assessoria jurídica da vereadora reforçou que as medidas cautelares não atingem o cargo ocupado por Rafael Pinto na Câmara de Cuiabá, já que as restrições se aplicam apenas a funções no âmbito estadual. “Seguimos confiantes de que estamos realizando um trabalho transparente para atender à sociedade”, concluiu.

Além de Rafael Pinto, também são investigados na operação o ex-deputado estadual e atual diretor-administrativo da Metamat, Wagner Ramos; o ex-presidente da companhia, Juliano Jorge Pereira; e o diretor-técnico, Francisco Holanildo Silva Lima. Os suspeitos são investigados por supostas fraudes na execução de obras de perfuração de poços, com indícios de sobrepreço e ausência de fiscalização adequada.

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