- CUIABÁ
- DOMINGO, 15 , JUNHO 2025
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) negou o pedido liminar protocolado pelo vereador Chico 2000 (PL), mantendo seu afastamento do cargo na Câmara Municipal de Cuiabá. A decisão foi proferida pelo desembargador Juvenal Pereira da Silva, relator do caso. A informação foi confirmada pelo procurador da Câmara, Eustáquio Neto.
“O pedido liminar foi negado. Agora, serão solicitadas informações, a Procuradoria-Geral de Justiça será ouvida e, posteriormente, o mérito será analisado por um colegiado de três desembargadores, incluindo o relator”, explicou o procurador.
Chico 2000 foi um dos alvos da Operação Perfídia, deflagrada no último dia 29 de abril pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor). A investigação apura um suposto esquema de propina envolvendo vereadores da capital. Além de Chico, o vereador Sargento Joelson (PSB) também foi afastado por tempo indeterminado.
De acordo com a investigação, os parlamentares teriam exigido aproximadamente R$ 250 mil para aprovar um projeto de lei de interesse da empresa HB20 Construções, responsável pelas obras do Contorno Leste.
A decisão que autorizou a operação foi assinada pela juíza Edna Ederli Coutinho, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), que considerou a permanência dos vereadores nos cargos um “risco concreto” às investigações.
“A suspensão do exercício da função pública é imprescindível para afastar esse risco e garantir a lisura da investigação, impedindo que a proximidade dos investigados com o poder político local comprometa os trabalhos”, destacou a magistrada.
Além do afastamento, os vereadores tiveram os passaportes recolhidos, aparelhos celulares apreendidos e bens móveis e imóveis bloqueados.