O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou nesta quinta-feira (15) que o governo federal esteja estudando qualquer medida para aumentar o valor pago aos beneficiários do programa Bolsa Família.

“Não há estudo, não há demanda, não há pedido. Está fora de cogitação. Não há pressão por parte do Ministério do Desenvolvimento Social para isso”, afirmou o ministro, ao ser questionado sobre a possibilidade de reajuste no benefício.

Segundo Haddad, os ministérios estão cientes das restrições orçamentárias e da impossibilidade de lançar novas iniciativas que pressionem ainda mais as contas públicas.

“Não há pressão sobre a área econômica para nenhuma iniciativa nova. Isso vale para todos os ministérios. Não há demanda de espaço fiscal”, reforçou.

Diante do crescimento acelerado das despesas, a equipe econômica tem redobrado a atenção sobre os gastos, especialmente em programas de assistência social. No pacote fiscal apresentado em novembro do ano passado, por exemplo, o governo já havia promovido alterações no Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Nesta quinta-feira, o governo publicou uma portaria que modifica a chamada “regra de proteção” do Bolsa Família — mecanismo que permite a manutenção temporária do benefício mesmo após aumento de renda das famílias, desde que ainda estejam em situação de vulnerabilidade. Com a nova norma, o período de transição foi reduzido, restringindo o tempo de permanência no programa após a mudança de renda.

A medida faz parte dos esforços do governo para conter despesas obrigatórias e manter o equilíbrio fiscal, uma das principais metas da atual equipe econômica.