- CUIABÁ
- SEXTA-FEIRA, 4 , JULHO 2025
A vereadora Baixinha Giraldelli (Solidariedade) afirmou nesta terça-feira (20) que não é sua função investigar os vereadores afastados Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson (PSB), que estão sob suspeita de envolvimento em esquema de propina. Segundo ela, cabe à Justiça e à polícia conduzir as investigações.
Em resposta a questionamentos da imprensa sobre o posicionamento da Câmara Municipal diante das denúncias, Baixinha declarou: “Não sou Justiça para procurar nada. Sobre a Câmara, também não sei, acho que ela vai tomar a melhor decisão. Tem advogado para isso dentro da Câmara. Eu não vou julgar ninguém, não sei”.
A vereadora ainda criticou a atuação de vereadores da legislatura passada, que tentaram abrir um processo de cassação contra o ex-vereador Paulo Henrique (MDB), preso por envolvimento com o Comando Vermelho. Na época, o pedido não resultou na cassação do parlamentar. “Acho que eles agiram errado, no meu ponto de vista, porque não são juízes, não são polícia para fazer investigação. Aqui somos vereadores para propor novas leis e fiscalizar a prefeitura, não para julgar as pessoas”, afirmou Baixinha.
Na semana passada, os vereadores arquivaram, por unanimidade, o pedido para instaurar uma Comissão Processante contra Chico 2000, envolvido no caso de corrupção investigado pela Operação Perfídia. O pedido foi rejeitado pela Procuradoria da Casa, que alegou falta de provas. A votação aconteceu no dia 13 de maio.
Baixinha defendeu que um parlamentar só deve ser cassado após uma condenação definitiva da Justiça. “Pode ser uma denúncia muito grave, mas enquanto o juiz não decretar a condenação, é preciso ter provas definitivas. Até lá, ele tem direito à defesa, como qualquer ser humano”, concluiu.