sexta-feira, 20 - junho 2025 - 16:11

Após ser cobrado por obras prefeito, Levi Ribeiro pede cassação de vereador


Da esquerda para a direita: prefeito Levi Ribeiro (PL) e o vereador Ronney Fernandes (PSD)
Da esquerda para a direita: prefeito Levi Ribeiro (PL) e o vereador Ronney Fernandes (PSD)

Durante sessão ordinária na Câmara de São José do Rio Claro (296 km de Cuiabá), o vereador Ronney Fernandes (PSD) quase foi alvo de investigação pela Comissão de Ética, após representação apresentada pelo prefeito Levi Ribeiro (PL). O gestor criticou a “postura agressiva” do parlamentar, que o cobrou sobre o andamento das obras em um bairro carente do município.

A votação para encaminhar a denúncia à Comissão terminou empatada em 4 a 4, e o presidente da Casa, Edmar Fidelis Maximiano, o Pelezinho (União Brasil), precisou usar o “voto de minerva” para decidir pelo arquivamento do processo.

Segundo a representação, Levi afirmou que esteve na Câmara no início deste mês para apresentar informações sobre ações em andamento na administração pública. Inicialmente, o ambiente estava cordial, mas o vereador Ronney teria assumido uma postura agressiva, dirigindo-se ao prefeito “em tom intimidatório” ao questionar sobre as obras no bairro Jardim Rio Claro previstas para este ano. “Ao receber resposta moderada e institucional, o parlamentar afirmou: ‘se você não mexer, vou deixar bem claro, você terá um problema comigo’”, diz trecho da denúncia. O prefeito classificou a fala como uma ameaça pública, que ultrapassa os limites da liberdade de expressão parlamentar e atenta contra os princípios de urbanidade e respeito entre os poderes.

Na votação, os vereadores Márcio Antônio de Assis (PL), Bahia do Cartório (PL), Constantino de Almeida (PL) e Marcio Antônio de Assis (PL) votaram a favor da investigação. Contrários foram Adriel Pereira Irineu (União Brasil), José Roberto da Silva (Novo), Marcos Junior (Podemos) e Maria do Procon (Novo).

Com o empate, o presidente Edmar Fidelis ressaltou que a conduta de Ronney foi inadequada e que o parlamentar precisa melhorar a forma como se relaciona com o prefeito e os colegas, mas defendeu que o vereador tem o direito de fiscalizar a gestão pública. “Eu não posso tirar o direito do vereador de fazer o que é de direito que ele conseguiu nas urnas, que é fiscalizar. Porém, vereador, melhore a sua conduta, melhore o seu comportamento… Nem um vereador queria estar falando aqui, mesmo quem votou favorável. Nós queríamos estar aqui subindo na ripa no prefeito, não em vereador”, afirmou o presidente da Câmara, justificando seu voto pelo arquivamento da representação.

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