- CUIABÁ
- SEXTA-FEIRA, 11 , JULHO 2025
O cantor Murilo Huff obteve a guarda provisória de Léo, de 5 anos, filho que teve com a cantora Marília Mendonça (1995–2021). A decisão foi tomada nesta segunda-feira (30), durante audiência de conciliação com Dona Ruth Moreira, mãe da artista, no Fórum Cível de Goiânia (GO), segundo informações do Goiás Record, da Record TV.
Desde a morte de Marília em um acidente aéreo em 2021, a criança vinha sendo criada pela avó materna. Com a nova decisão, Murilo passa a ser o responsável legal até o desfecho do processo judicial, que segue em segredo de Justiça. Procurada pela Quem, a assessoria do cantor afirmou que não pode comentar ou confirmar a decisão, justamente por se tratar de um caso envolvendo menor de idade.
A seguir, entenda o que muda com a guarda provisória e quais são os próximos passos:
O que é guarda provisória?
A guarda provisória é uma medida temporária, válida enquanto o processo judicial ainda está em curso. Ela pode se tornar definitiva no final do processo ou ser revista, caso surjam novos fatos ou provas que indiquem mudanças no melhor interesse da criança.
Durante esse período, o guardião — neste caso, o pai — tem o dever legal de tomar decisões importantes sobre a vida do menor, como questões de saúde, educação e documentação. A guarda provisória pode ser revogada se houver indícios de que não atende às necessidades da criança.
A avó continuará tendo acesso ao neto?
Sim. A guarda e o direito de convivência (visitação) são institutos diferentes. Dona Ruth mantém o direito de convivência com o neto, mesmo não sendo a guardiã legal. Isso pode incluir pernoites, finais de semana alternados, férias escolares, datas comemorativas e contato por telefone ou videochamadas.
Haverá visitas agendadas?
Por se tratar de um processo em segredo de Justiça, detalhes sobre a frequência ou forma das visitas não foram divulgados. No entanto, considerando o forte vínculo afetivo entre Léo e a avó materna, é provável que a Justiça preserve esse relacionamento para garantir uma transição emocionalmente segura para a criança.
Léo poderá passar dias na casa da avó?
Essa decisão cabe ao juiz, com base na recomendação do Ministério Público, que atua como fiscal da lei nos casos envolvendo menores. O MP não representa nem o pai nem a avó, mas defende os interesses da criança, parte considerada hipossuficiente pela legislação.
Como o processo corre em sigilo, não há informações oficiais sobre os termos exatos do convívio.
A guarda provisória favorece a futura guarda definitiva de Murilo Huff?
Sim, a guarda provisória pode indicar um caminho para a concessão da guarda definitiva. A Justiça brasileira dá preferência aos pais biológicos na atribuição da guarda de menores, desde que comprovem capacidade emocional, estrutural e afetiva de cuidar da criança.
A decisão, portanto, é uma oportunidade para Murilo demonstrar sua aptidão parental, o que será avaliado por meio de estudos psicossociais durante o processo.
A vontade de Léo pode influenciar na decisão final?
Mesmo com apenas 5 anos, a opinião da criança pode ser considerada, desde que analisada por profissionais especializados, como psicólogos e assistentes sociais. Manifestações espontâneas de vínculo, rejeição ou desconforto são levadas em conta no estudo psicossocial.
A escuta da criança é feita em ambiente protegido e apropriado para a idade. Embora não seja decisiva, sua percepção pode influenciar a avaliação do juiz, sempre com base no princípio do melhor interesse da criança.
Próximos passos
A decisão provisória não encerra o processo de guarda, que seguirá com etapas de análise técnica, oitiva das partes e avaliação do ambiente familiar. Ao final, o juiz decidirá pela concessão ou não da guarda definitiva, com base no conjunto das provas e nos relatórios dos especialistas.