- CUIABÁ
- SÁBADO, 5 , JULHO 2025
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), afirmou nesta quarta-feira (2) que não tem dificuldades em dialogar com o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), responsável por encaminhar à Controladoria Geral do Estado (CGE-MT) a denúncia sobre suposto uso irregular de emendas parlamentares. Segundo ele, não há ressentimentos e Pivetta agiu corretamente ao determinar a investigação.
— A denúncia faz parte. Qualquer agente político que a recebe precisa encaminhar para frente — declarou o presidente da AL.
Russi, no entanto, criticou o vazamento de informações sigilosas que expôs os nomes de 14 deputados estaduais, gerando um mal-estar entre os poderes Legislativo e Executivo. De acordo com o parlamentar, os valores citados no relatório da CGE não correspondem aos registros dos gabinetes dos deputados.
— O que foi errado foi a condução do processo. Envolveram o nome de parlamentares e apresentaram valores fantasiosos. Não conseguimos entender como esses números apareceram no relatório. Está tudo colocado à mesa e cada um fará sua análise. Meu nome, inclusive, não está envolvido em nada — frisou.
Jantar com Mendes e ausência em café com Pivetta
Na tentativa de amenizar a tensão entre os poderes, o governador Mauro Mendes (União Brasil) promoveu um jantar em sua residência com a presença de 18 deputados estaduais, incluindo Max Russi. Já o vice-governador Pivetta organizou um café da manhã com um grupo mais restrito de parlamentares, sem a participação do presidente da Assembleia.
— No jantar com o governador, eu estive presente. Já no café com o Pivetta, fiquei sabendo pela imprensa. Não recebi convite. A confraternização com Mendes foi tranquila, estivemos com 17, 18 deputados. Não tratamos de política; foi um bate-papo descontraído, sem articulação formal — explicou.
A crise institucional entre os Poderes segue sendo monitorada de perto, enquanto a CGE continua apurando os dados apresentados na denúncia.