- CUIABÁ
- QUINTA-FEIRA, 10 , JULHO 2025
A Polícia Civil indiciou o médico Rodrigo Bernardino por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) após a morte da estudante Thayane Oliveira Sousa Leal, de 35 anos. Ela passou por uma cirurgia plástica em outubro de 2024, em uma clínica de Cuiabá, e não resistiu após complicações no procedimento.
Segundo o inquérito da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Thayane foi internada para realizar uma abdominoplastia e lipoaspiração. Durante a cirurgia, sofreu uma parada cardiorrespiratória, foi reanimada, mas a clínica não possuía UTI. A paciente precisou ser transferida para outro hospital e, no caminho, teve uma nova parada. Apesar das tentativas de reanimação na unidade de destino, Thayane morreu.
Durante a investigação, foram ouvidos o marido da vítima, membros da equipe médica e funcionários da clínica. O esposo contou que foi informado no início da cirurgia que tudo corria bem, mas depois perdeu contato com a equipe médica. Horas depois, foi comunicado sobre a primeira parada cardíaca e, em seguida, sobre o óbito da esposa.
A anestesista da cirurgia relatou que os exames estavam normais e que a parada aconteceu de forma súbita, no fim do procedimento. Outros profissionais também disseram que não havia sinais de complicações antes da cirurgia. O cirurgião responsável afirmou que o procedimento ocorreu normalmente, mas os sinais vitais da paciente caíram de forma repentina no final da operação.
Após análise dos depoimentos e laudos médicos, o delegado Marcelo Carvalho concluiu que houve negligência por parte do médico cirurgião. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, que devem decidir se o médico será processado criminalmente.