- CUIABÁ
- SEGUNDA-FEIRA, 14 , JULHO 2025
Os três senadores de Mato Grosso estão em posições opostas quando o assunto é a legalização dos jogos de azar no Brasil. O projeto de lei 2.234/2022, que propõe a regulamentação de apostas e cassinos em todo o território nacional, ainda não foi votado no Senado, mas já mobiliza opiniões firmes dos parlamentares mato-grossenses.
A senadora Margareth Buzetti (PSD) declarou ao Jornal A Gazeta que o Brasil perde com a atual proibição e chamou o tratamento ao tema de “hipócrita”. Para ela, a liberação, se feita com responsabilidade, pode ser uma forma efetiva de ampliar a arrecadação.
“O Brasil, quando o assunto é jogo de azar, prioriza a hipocrisia. É impressionante. Basta olhar o jogo do bicho, principalmente no Rio de Janeiro. São incontáveis mortes por disputa de território. (…) Enquanto isso, o país deixa de arrecadar”, afirmou.
Buzetti se disse favorável à liberação dos cassinos físicos e apoiou a decisão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que retirou o projeto da pauta na última semana para ajustes no texto.
“O texto ainda tinha algumas brechas e deixava dúvidas. Mas, se conseguirmos chegar a um projeto com regras claras para os cassinos físicos, não vejo problema. O governo quer arrecadar? Está aí uma forma”, defendeu a senadora.
Já o senador Jayme Campos (União) se posicionou a favor da proposta e já votou pelo avanço do texto quando ele foi analisado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
Na contramão, o senador Wellington Fagundes (PL) é totalmente contra a liberação e pediu mobilização da população contra o projeto.
“Sou totalmente contra aprovar jogos de azar no Brasil, cassinos e bingos. O Brasil precisa investir na Saúde, na Educação, cuidar do povo brasileiro e não fazer com que muitos se desesperem, inclusive perdendo o seu dinheirinho e esse dinheiro indo para a mão de quem? Dos mais ricos ainda. Portanto, voto contra”, disse Fagundes ao Jornal A Gazeta.
Apesar da expectativa em torno da votação, o projeto segue sem data para deliberação em plenário. A decisão de Alcolumbre de adiar a apreciação foi motivada pela ausência de senadores em missão oficial e pela polêmica que cerca o tema.