- CUIABÁ
- QUARTA-FEIRA, 23 , JULHO 2025
O senador Wellington Fagundes (PL) defendeu, nesta segunda-feira (20), a união da direita conservadora em torno de um único nome para a disputa pelo governo de Mato Grosso nas próximas eleições. Durante conversa com jornalistas na Assembleia Legislativa, Fagundes destacou que apenas os nomes que representem a “verdadeira direita” devem fazer parte desse projeto.
Além dele, outros dois nomes se colocam como pré-candidatos pelo campo conservador: o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) e o senador Jayme Campos (União Brasil).
Em sua fala, Fagundes ressaltou sua trajetória política, reforçando que sempre esteve vinculado ao PL, o que, para ele, confirma seu alinhamento com as bandeiras conservadoras. “Eu entendo que é importante que a direita se una. Agora, a verdadeira direita, né? Porque tem muitos que até questionam: ‘O Wellington é da direita?’. Olha, quando fui candidato pela primeira vez, eu era presidente da Associação Comercial e Industrial de Rondonópolis e já era do PL”, disse o senador, lembrando suas raízes no partido.
Fagundes também destacou a longevidade de sua relação com o PL, partido que, segundo ele, representa o conservadorismo. “O PL tem 40 anos e eu estou há 40 anos no PL. A minha postura sempre foi partidária e de respeito ao eleitor”, afirmou.
Críticas a “falsos conservadores” e alfinetadas em aliados de Bolsonaro
O senador aproveitou a oportunidade para alfinetar líderes de outros partidos que, segundo ele, se aproveitam da imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para conquistar votos, mas não mantêm um alinhamento ideológico consistente. “Minha postura sempre foi partidária e de respeito ao eleitor. Agora, nós não vamos aceitar gente que só quer fazer uma farsa para ganhar a eleição e depois enganar, não só o partido, mas o povo também”, disparou.
A fala de Fagundes foi interpretada como um recado direto ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), que se elegeu senador em 2020 utilizando a imagem de Bolsonaro, mas atualmente é aliado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Também foi uma crítica indireta ao senador Jayme Campos (União Brasil), que se posiciona como conservador, mas participou de um jantar em Cuiabá em comemoração à vitória de Lula nas eleições de 2022.
O cenário eleitoral em Mato Grosso
O cenário eleitoral em Mato Grosso para 2026 promete ser disputado, com Fagundes, Pivetta e Campos se posicionando como opções para o eleitorado conservador. A estratégia de Fagundes é deixar claro que, para ele, a verdadeira direita deve se unir em torno de um nome que represente de fato as bandeiras conservadoras e não interesses pessoais ou oportunistas.