terça-feira, 22 - julho 2025 - 15:55

Trump acusa Obama de traição por suposta tentativa de interferir em eleição


Trump e Obama se cumprimentam na Casa Branca, em 2016
Trump e Obama se cumprimentam na Casa Branca, em 2016

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta terça-feira (22) que pretende “ir atrás das pessoas” que, segundo ele, participaram de uma suposta conspiração para acusá-lo de envolvimento com a Rússia durante as eleições de 2016. A declaração foi feita durante encontro com o presidente das Filipinas, no Salão Oval da Casa Branca.

Trump voltou a afirmar que o ex-presidente Barack Obama foi o principal responsável por utilizar o aparato de inteligência dos Estados Unidos com fins políticos, classificando as ações do antecessor como “traição”.

“Eles pegaram o presidente Obama de surpresa. Obama foi pego diretamente. Isso é como uma prova irrefutável de que Obama era sedicioso, que liderou uma tentativa de golpe junto com Hillary Clinton e outras pessoas”, afirmou o republicano.

A fala surgiu após Trump ser questionado por jornalistas sobre o caso de Jeffrey Epstein, o financista acusado de tráfico sexual. No entanto, ele desviou o tema para atacar Obama, Clinton e as investigações conduzidas sobre a interferência da Rússia nas eleições presidenciais.

Pressão por novos documentos

Aliados e apoiadores de Trump têm pressionado pela divulgação de novos documentos relacionados ao caso, prometida durante sua campanha à reeleição. Na semana passada, a diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, retirou o sigilo de uma série de relatórios do setor de inteligência que, segundo ela, demonstrariam uma “conspiração de traição” por parte de altos funcionários do governo Obama. Ela anunciou que levaria o caso ao FBI.

Contudo, especialistas e fontes do Congresso apontam que as alegações divulgadas deturpam os achados das investigações oficiais. Uma revisão feita em 2020 por um comitê do Senado liderado por republicanos confirmou a conclusão da comunidade de inteligência dos EUA de que a Rússia interferiu nas eleições de 2016 com o objetivo de beneficiar Donald Trump e prejudicar Hillary Clinton.

Os documentos recém-revelados não invalidam essa conclusão, de acordo com fontes parlamentares familiarizadas com a apuração. Para os democratas, a declaração de Gabbard representa uma tentativa de “reescrever a história” em benefício político.

O ex-presidente Barack Obama ainda não se pronunciou sobre as acusações.

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