O deputado estadual Júlio Campos (União Brasil) afirmou, nesta semana, que uma eventual divisão do grupo político de direita ligado ao governador Mauro Mendes (União) poderá comprometer seriamente o desempenho da base nas eleições de 2026. Em entrevista à imprensa, o parlamentar relembrou o resultado das eleições municipais de 2024, quando o candidato do União Brasil em Cuiabá não chegou sequer ao segundo turno.

Segundo Júlio, o cenário de fragmentação também ameaça as chances da direita na disputa pela Presidência da República. Ele defendeu a necessidade de unidade política e chamou atenção para a resiliência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que, segundo ele, tem demonstrado força política mesmo em momentos adversos.

— O que precisa é união. Se nós dividirmos, dificilmente ganharemos essa parada. Veja o que aconteceu em Cuiabá: começou aquela briga interna entre Botelho e Fábio Garcia, e no fim nem fomos para o segundo turno — afirmou o deputado.

Júlio também fez uma analogia ao cenário nacional, destacando a capacidade de recuperação de Lula.

— Todo processo de divisão é ruim, ainda mais numa eleição difícil. O Lula é um cidadão que ressuscita das cinzas. Saiu da cadeia e ganhou a eleição — comentou.

O parlamentar revelou ainda que, em recente reunião com lideranças do União Brasil no Palácio Paiaguás, o governador Mauro Mendes liberou o grupo para iniciar a construção de projetos de pré-candidatura para o Governo do Estado e o Senado em 2026.

— Na última reunião no Palácio, ele (Mendes) nos autorizou a construir projetos para o governo e o Senado. A única coisa que ele disse é que, se for sair, não será sozinho. Vai ser dose dupla: Mauro para o Senado e Virgínia (sua esposa) para deputada federal ou estadual — concluiu Júlio Campos.