- CUIABÁ
- QUARTA-FEIRA, 6 , AGOSTO 2025
O presidente do PL em Mato Grosso, Ananias Filho, revelou que as conversas dentro do partido sobre uma possível composição ao Senado entre o governador Mauro Mendes (União Brasil) e o deputado federal José Medeiros (PL) estão avançadas. A aliança vem sendo tratada como uma estratégia viável para as eleições de 2026, quando duas cadeiras estarão em disputa no Senado — o eleitor poderá votar em dois candidatos.
“Ainda não temos uma definição 100%, mas as conversas estão adiantadas. Fala-se na possibilidade de uma chapa Mauro e Medeiros para o Senado, já que são duas vagas”, afirmou Ananias em entrevista à rádio Capital FM.
Segundo o dirigente, até o momento, José Medeiros é o único nome colocado pelo PL para a disputa. “Não houve outro nome em evidência dentro do partido. Hoje, o único pré-candidato do PL é o Medeiros”, reforçou.
O próprio José Medeiros já defendeu publicamente a formação da chapa com o governador, caso ele confirme sua intenção de concorrer ao Senado. Apesar de ainda não ter oficializado sua candidatura, Mauro Mendes tem sinalizado interesse na disputa por uma das vagas.
Ananias ressaltou ainda que todos os nomes cotados para concorrer ao Senado com o apoio do PL passam pelo aval do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, Bolsonaro tem exigido critérios específicos dos pré-candidatos para conceder o apoio formal da sigla.
“Há uma lista de requisitos que o presidente Bolsonaro está exigindo para apoiar os candidatos. Aqueles que se encaixarem nesses critérios terão o respaldo do PL”, explicou.
O dirigente afirmou que Bolsonaro tem mantido conversas frequentes com Mendes. “Eles já se encontraram várias vezes, inclusive almoçaram juntos. O diálogo está aberto, tem sido franco e aprofundado, mas ainda não há uma decisão definitiva”, pontuou.
Nos bastidores, aliados indicam que Mauro Mendes é visto com simpatia por Bolsonaro e pode reunir condições para ser um dos nomes fortes da direita na disputa pelo Senado em 2026. A direção estadual do PL avalia, inclusive, se o partido deve lançar uma ou duas candidaturas próprias no estado, decisão que também será levada ao ex-presidente.