- CUIABÁ
- SEXTA-FEIRA, 15 , AGOSTO 2025
O presidente do Partido Liberal (PL) em Mato Grosso, Ananias Filho, deu um recado direto ao vereador de Várzea Grande, Bruno Rios, que deseja deixar a sigla para disputar as eleições de 2026 por outro partido. Em entrevista, o dirigente deixou claro que não vai liberar o parlamentar.
“Não vamos liberar ninguém para concorrer por outra agremiação”, afirmou o dirigente em entrevista.
Bruno Rios busca viabilizar uma candidatura a deputado federal e, para isso, pleiteou uma carta de anuência do PL, documento necessário para se desfiliar do partido sem risco de perder o mandato. Sem sucesso até agora, o vereador critica publicamente a postura da direção estadual e cogita acionar a Justiça Eleitoral. Em recente declaração, ironizou a sigla questionando se o partido “seria tão liberal como é no nome”. “Acho que temos que mudar o nome do Partido Liberal para Partido Não Liberal”, reclamando da suposta falta de abertura para o debate dentro da legenda.
Ananias Filho, por sua vez, respondeu em tom critico e disse que as articulações seguem as regras partidárias. “O partido continua liberal. Agora, eu não sou dono de aumentar número de vagas no Brasil. A regra já existia quando ele foi candidato a vereador. Ele sabia que só teria janela partidária em 2028”, disse. “Não é justo usarem o partido para se elegerem e depois saírem para fortalecer outra sigla e concorrer contra nós”, completou.
O dirigente ainda ressaltou que a chapa do PL em Várzea Grande já está praticamente definida para as eleições de 2026. Segundo ele, o deputado federal Coronel Assis irá deixar o União Brasil para disputar a reeleição pela sigla bolsonarista. Ananias ainda falou que a única exceção de mudança na chapa só irá ocorrer se o vice-prefeito Tião da Zaeli decidir disputar uma vaga na Câmara Federal ao invés da Assembleia. “A única possibilidade de mudança seria se o vice-prefeito Tião da Zaeli quiser disputar. Aí sim podemos conversar”, pontuou.
Mesmo classificando Bruno Rios como “um excelente vereador e político”, Ananias disse que não pretende mudar sua posição. “A legislação define o número de candidaturas por gênero. Já temos cinco homens na chapa. Só resta uma vaga. Não posso fazer diferente”, concluiu.