- CUIABÁ
- QUINTA-FEIRA, 2 , OUTUBRO 2025
Mato Grosso, assim como outros estados, também possui uma tradição de filhos que seguem o caminho dos pais na política. É o caso de Júlio Domingos de Campos, conhecido como “Seo Fiote”, pai do deputado estadual Júlio Campos e do senador Jayme Campos.
Seo Fiote, que era empresário, foi eleito vereador em 1949 e prefeito de Várzea Grande por dois mandatos, em 1951 e 1957. Júlio Campos foi eleito prefeito e, depois, deputado federal, senador, governador e, desde 2022, é deputado estadual. Já Jayme foi prefeito de Várzea Grande e, posteriormente, governador e senador.
Ao jornal A Gazeta, o senador contou que sua entrada no mundo da política ocorreu após a aprovação do pai.
“É natural os próprios filhos terem influência do pai e da mãe, no cotidiano vendo os políticos. Nós vivíamos em um ambiente político. Foi um convite de outras alianças e [meu pai] permitiu que eu fosse candidato (…). Claro que a voz final, o resultado final, quem determinava era meu pai e minha mãe”, pontuou.
Jayme destacou que seu pai tinha qualidades, como político, que não se encontram hoje em dia.
“Outro nível de política! Era um homem que preservava as amizades dentro do campo político, sabia o lugar dele, só dava boas orientações aos filhos e aos aliados. (…) Era um homem muito bem conceituado, diante não só da população de Várzea Grande, mas dos grandes nomes da política.”
Políticos de Mato Grosso também foram inspiração para suas filhas na carreira pública. O ministro da Agricultura e senador licenciado, Carlos Fávaro, é pai de Rafaela Fávaro. Presidente do PSD Mulher, Rafaela concorreu como candidata a vice-prefeita nas eleições de 2024 e já anunciou sua pré-candidatura ao cargo de deputada estadual.
A única deputada mulher eleita na Assembleia Legislativa, Janaina Riva, seguiu os passos de seu pai, o ex-deputado José Riva. À reportagem, a deputada afirmou que o que tira de inspiração da carreira política do pai é o municipalismo.
“Cresci vendo a vida das pessoas, principalmente dos municípios mais distantes, sendo transformadas por ações oriundas de agentes políticos. Me encantava acompanhar isso de perto e ouvir a história das pessoas que tiveram suas vidas transformadas. Ser agente transformador de vidas me motivou e me motiva a continuar na política (…). Saber ouvir e sentir a dor do outro é o que mais me influenciou da atuação dele.”