- CUIABÁ
- QUINTA-FEIRA, 27 , NOVEMBRO 2025


O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou que poderá terceirizar os serviços de saúde caso os profissionais de enfermagem decidam entrar em greve devido à redução do pagamento de insalubridade. A declaração foi feita no domingo (12), durante vistoria ao novo Centro Médico Infantil (CMI), o antigo Pronto-Socorro Municipal.
A manifestação do gestor ocorre às vésperas da assembleia geral convocada pelo Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Cuiabá (Sinpen), nesta segunda-feira (13), que deve discutir o indicativo de greve. O movimento é motivado pela mudança nos critérios de pagamento do adicional de insalubridade, medida que gerou forte reação entre os trabalhadores da saúde.
Segundo Abilio, embora o direito à greve seja reconhecido, a administração não permitirá que a população fique sem atendimento. “Se o servidor optar por entrar em greve, ainda que legal, nós vamos judicializar e contratar uma empresa para prestar o serviço que esse servidor se omitiu em fazer. Esse é o caminho da terceirização”, afirmou.
O prefeito destacou que cerca de 70% dos servidores que recebem insalubridade não serão afetados, pois fazem parte do grupo A1, formado por concursados e contratados por processo seletivo. Para esses, o pagamento seguirá normalmente, e haverá ainda um reajuste no programa “Prêmio Saúde”. Já para os demais 30%, as mudanças serão compensadas parcialmente pelo mesmo programa.
Abilio também explicou que o pagamento será feito conforme a legislação vigente e que o prazo concedido pelo Ministério Público do Estado até o fim do ano se refere apenas à adequação dos percentuais de insalubridade nos laudos técnicos. Ele reafirmou que qualquer pagamento fora dos parâmetros legais seria considerado irregular.
Por fim, o prefeito reforçou que a gestão está pronta para agir diante de uma possível paralisação. “A população não ficará sem atendimento. Se for preciso, vamos contratar serviços na rede particular, em clínicas e hospitais. Se ameaçar a greve, nós reagiremos. A cidade não vai parar.”