O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou que enfrenta ameaças constantes e defendeu a lei que autoriza a escolta pessoal para ele, sua esposa — a vereadora Samantha Iris (PL) — e os filhos. A declaração foi feita na última sexta-feira (9), durante entrevista no Palácio Alencastro, quando o gestor respondeu às críticas do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que questionou a necessidade da medida.

Segundo Abilio, a decisão de reforçar a segurança é baseada em riscos reais, como tentativas de invasão de seus dispositivos eletrônicos e ações que colocam em perigo sua integridade e a da família. “Não posso brincar com a segurança da minha esposa e dos meus filhos. Lido com contratos milionários e cobranças de dívidas. Não vou expor minha família para agradar o Emanuel”, disse.

Ele também comparou a atual situação com o período em que Emanuel era prefeito, lembrando que o ex-gestor e a ex-primeira-dama, Márcia Pinheiro (PV), também contavam com aparato de segurança. “Márcia andava com escolta e chegou a ter o carro da prefeitura roubado em um salão de beleza. O nível de proteção continua o mesmo”, afirmou.

Abilio criticou a gestão anterior, mencionando casos em que servidores terceirizados trabalhavam na casa de Emanuel. “Ele está acostumado com a polícia indo atrás dele. Eu estou acostumado com a polícia do meu lado. A gente faz tudo conforme a lei”, ressaltou.

O prefeito ainda destacou que a prefeitura conta com uma equipe especializada, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que monitora riscos e atua para evitar incidentes. “Tem muitas tentativas de clonar nosso WhatsApp ou de criar situações para nos expor publicamente. Eu sei com quem estou lidando e não vou abrir mão da segurança por causa de narrativa política”, finalizou.