- CUIABÁ
- SÁBADO, 2 , AGOSTO 2025
Uma mulher de 47 anos, que se passava por advogada previdenciária, foi presa, nessa quinta-feira (17), suspeita de praticar uma série de crimes de estelionato contra pessoas idosas, na cidade de Sorriso (420 km ao norte de Cuiabá). As investigações começaram após 3 ocorrências de vítimas relatando a mesma ação.
Conforme apurado, a suspeita se apresentava como advogada previdenciária, oferecendo auxílio para “reaver valores perdidos” ou “aumentar a aposentadoria junto ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS)”. A proposta visava especialmente a população idosa que, de boa-fé, entregava cópias de documentos pessoais e realizava videochamadas, acreditando estar em contato com legítimos representantes do INSS.
Contudo, a investigação revelou que a suspeita utilizava esses meios para abrir contas bancárias em nome das vítimas, especialmente em bancos digitais, solicitando empréstimos e cartões de crédito, que eram enviados diretamente para sua residência.
Em um dos casos investigados, a vítima, um idoso de 67 anos, teve mais de R$ 15 mil gastos em seu nome. Outra vítima, de 57 anos, teve empréstimos superiores a R$ 50 mil contratados sem qualquer autorização.
Durante o cumprimento do mandado de busca, foram apreendidos mais de 20 cartões bancários, em nome de diversas pessoas, vários documentos de identidade, 4 máquinas de cartão, supostamente utilizadas para realizar transações fraudulentas, uma encomenda proveniente de loja on-line, contendo uma boneca destinada à neta da suspeita, mas comprada com a conta de uma das vítimas, além de um veículo, que pode ter sido adquirido com os valores obtidos ilicitamente.
Em um dos diálogos interceptados, a própria suspeita alertava uma das vítimas, por meio de áudio de aplicativo de conversa, para “tomar cuidado com golpistas na cidade”, afirmando que havia muita gente “tentando aplicar golpes”.
Durante o interrogatório, a investigada alegou que o veículo encontrado com ela foi comprado com ganhos de jogos virtuais, versão que será devidamente confrontada com as provas colhidas durante a investigação.
A investigação continua para identificar outras possíveis vítimas e cúmplices.