- CUIABÁ
- SEXTA-FEIRA, 18 , JULHO 2025
O presidente do Partido Liberal (PL) em Mato Grosso, Ananias Filho, reagiu com surpresa à operação deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (18) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A ação resultou em medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, restrição ao uso de redes sociais, proibição de contato com diplomatas e investigados e recolhimento domiciliar noturno, entre 19h e 7h.
Ananias soube da notícia enquanto deixava a academia, após ser informado pela reportagem e disse que ligaria na sequência ao presidente do PL, Valdemar da Costa Neto. “Infelizmente, estou recebendo a notícia por você agora. Não olhei as redes sociais, não olhei nada. Acordei cedo, fui para academia, saí agora e entrei no carro. Estou recebendo informação agora”, afirmou.
Ao comentar as medidas impostas, o dirigente estadual do PL considerou exagerada a atuação do Judiciário. “Ele demonstra claramente que há uma perseguição. Eu acho que quando fazem essas medidas sem uma devida instrução processual, se é só por essas últimas falas dele, realmente não vejo motivo para tanto”, avaliou.
Ananias também questionou o risco que o ex-presidente representaria à ordem pública: “Que mal tem o Bolsonaro de estar circulando livremente? Que medo o Bolsonaro representa ao país? Ele não vai sair, já está com o passaporte confiscado. Qual o perigo real e iminente? Eu não vejo”.
Sobre a repercussão internacional e a tensão envolvendo a possível articulação do deputado Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, Ananias defendeu que cada um responda por seus atos: “O que o Jair Bolsonaro tem a ver com o CPF do Eduardo Bolsonaro? São CPFs distintos. Se você tem dinheiro lícito e declarado, e seu filho está fora do país, você não vai mandar? Eu mandaria”.
Por fim, o presidente estadual do PL afirmou que ainda irá se informar melhor sobre a situação. “Vou tomar um banho bem demorado e ligar para o presidente Valdemar [Costa Neto]”, disse.